2º turno de Dilma
PT gaúcho escala Tarso, Dutra e Pont para o 2º turno de Dilma
No Rio Grande do Sul, o governador eleito, Tarso Genro (PT), o ex-governador Olívio Dutra, o presidente estadual do partido, o deputado estadual reeleito Raul Pont, e o prefeito da cidade de São Leopoldo, Ary Vanazzi, vão formar a linha de frente da coordenação da campanha da candidata do partido à presidência da República, Dilma Rousseff (PT). No primeiro turno, apenas Vanazzi respondia pela coordenação do comitê suprapartidário de Dilma no Estado.
A decisão de colocar os pesos pesados na linha de frente é oficializada na reunião da executiva estadual do PT que ocorre na manhã desta quarta-feira (6) em Porto Alegre, mas já estava na cabeça das lideranças partidárias desde a noite de domingo (3), quando Genro obteve uma vitória histórica ao governo, vencendo a eleição no primeiro turno, enquanto a disputa nacional seguiu para o segundo.
Genro, assim como os demais governadores e senadores aliados eleitos, recebeu a incumbência do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva de assumir a campanha de Dilma em seu Estado. Na terça-feira (5), Lula reuniu todos em Brasília para convocá-los ao trabalho. O ex-ministro também deverá acompanhar Dilma em viagens pelo País e terá um papel de destaque nas agendas da região Sul. O fato de ter sido ministro da Educação e da Justiça e possuir no currículo os projetos do ProUni no primeiro cargo e o Pronasci no segundo será fartamente explorado.
Assim como o PT nacional, o gaúcho tem pressa. Depois da reunião da executiva, Pont, Vanazzi e Olívio seguem para Brasília onde acontecem nesta quarta reuniões da coordenação de campanha de Dilma e de presidentes estaduais do partido. Em reunião com prefeitos e vices na terça, Vanazzi chegou a solicitar que, aqueles que pudessem, tirassem férias ou se licenciassem para melhor se dedicarem à campanha de Dilma em solo gaúcho.
"Todos os diretórios estão orientados a manter os comitês de campanha e, entre os candidatos proporcionais, os que puderem também", resume Pont. O deputado acredita que no Rio Grande do Sul é possível aumentar o leque de alianças, mas as iniciativas devem acontecer rapidamente. O próprio Pont já começou a procurar por deputados estaduais peemedebistas e por integrantes da direção partidária para "estabelecer um diálogo".
No Rio Grande do Sul, PMDB e PT são adversários históricos e, no primeiro turno, o PMDB se dividiu em relação à disputa presidencial. O partido, grande derrotado da eleição estadual, agora vive uma crise interna que pode dificultar as negociações. Nesta quinta-feira (7) à tarde, a executiva estadual peemedebista se reunirá para "juntar os pedaços" e deve apontar um rumo sobre a posição do partido no segundo turno. Na cúpula, existe uma forte tendência pró-José Serra (PSDB). Na base, a maioria dos prefeitos se posicionou ainda no primeiro turno pró-Dilma. O impasse pode não se resolver e a briga de Dilma e Serra será pelos eleitores do partido.
Os petistas acreditam ainda que a candidata ficará com a maior parte dos votos que foram para Marina Silva (PV) no primeiro turno. Entre os gaúchos, Dilma foi a opção de 3 milhões de eleitores, fazendo 400 mil votos a mais do que Serra. Os eleitores de Marina foram 725 mil. Brancos e nulos ficaram em 497 mil.
06 de outubro de 2010 • 11h28 site TERRA Flavia Bemfica
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